Educação reprovada
Falta merenda em escolas da rede municipal
Na Luiz Augusto de Assumpção, no Balneário dos Prazeres, os alunos só tiveram direito a um copo de leite nesta quarta-feira
Paulo Rossi -
Na rede municipal de ensino é a hora da merenda, que tem se transformado em dor de cabeça.
Gêneros alimentícios, como óleo, arroz e farinha desapareceram das prateleiras. Em escolas como a Luiz Augusto de Assumpção, no Balneário dos Prazeres, Zona Leste de Pelotas, a situação é ainda pior. Nem com boa vontade e criatividade a merendeira tem conseguido variar o cardápio. Ou pior: tem precisado exercitar o “Não” quando ouve os pedidos de repetição: “Tem dias que eu vou mal para casa, mas não tem o que fazer. Se a gente servir repetição não tem pra todos”, conta, em olhos marejados.
As servidoras se organizam para a mágica que vão precisar exercitar nesta quinta-feira (6). A sopa de legumes, até então, só teria batatas e abóbora e, com certeza, não renderia até o turno da noite. Os ingredientes não eram suficientes, mesmo com a ideia de incrementá-la com um único saco de massa e com molhos de couve, recolhidos da horta da casa da merendeira.
Recorrer a arrecadações coletivas de dinheiro, para qualificar as refeições e os lanches dos cerca de 900 alunos também tem se tornado prática na Luiz Augusto de Assumpção - revelam as servidoras. Não raro, é o jeito de tornar o cardápio atrativo. Na quarta-feira, por exemplo, os estudantes tomaram apenas um copo de leite. Não havia bolachas suficientes para todos. Nesta quinta não há perspectiva de oferecer achocolatado junto com o leite.
A posição da Smed
A diretora de Gestão Escolar da Secretaria de Educação e Desporto, Adolfina da Rosa Mauch, assegura que até a próxima semana a distribuição de alimentos deve estar normalizada. Problemas em processos licitatórios que foram parar na Justiça ou que emperraram devido à documentação da empresa vencedora justificariam o desabastecimento de parte dos gêneros. “Alguns itens devem começar a normalizar até esta sexta-feira. Estamos esperando que tudo se normalize. Foi um problema pontual”, garantiu. O ano letivo de 2017, entretanto, já completa um mês.
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